Quem chega a Luanda pela primeira vez não pode definir o que é Angola.

Ainda me recordo do primeiro poema que ouvi quando aqui cheguei, de um poeta com vários heterónimos mas um em especial me encanta mais, Alberto Caeiro.

Começa dizendo que nunca guardou rebanhos mas era como se os guardasse, “O Guardador de Rebanhos”. Fiquei encantado com a analogia, afinal o que fazem os Fotógrafos, Cinegrafistas, Directores de Fotografia se não guardar rebanhos, capturando através de suas lentes e arrebanhando imagens do povo de algum lugar? Isso guiou meu olhar atento a detalhes que potencializaram meu olhar com olhos de ver e que faz parte do meu viver profissional,

O MEU OLHAR (Alberto Caeiro)

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O meu olhar é nítido como um girassol

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Tenho o costume de andar pelas estradas olhando para a direita e para a esquerda.

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E de vez em quando olhando para trás…

E o que vejo a cada momento,

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E sei dar por isso muito bem…

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